A IV Bienal Brasileira de Design, que acontece de 19 de setembro a 31 de outubro, em Belo Horizonte, no Palácio das Artes, tendo como mostra principal “Da Mão à Máquina”, coloca a capital mineira como a cidade-sede do design. O evento deste ano tem a temática “Diversidade Brasileira”, sob curadoria geral de Maria Helena Estrada.
A Bienal pretende delinear as referências e tendências nacionais e internacionais, com a participação de várias instituições, profissionais, pesquisadores, empresas, entre outros, que interagem com o design, e potencializar a utilização nos meios produtivos como ferramenta estratégica para a competitividade e melhoria da imagem do produto nacional no mundo – Marca Brasil.
Para não se perder em tamanha diversidade serão priorizadas as vertentes étnicas; megadiversidade dos recursos naturais, somadas ao olhar econômico/produtivo. A ideia de diversidade está ligada a conceitos de pluralidade, multiplicidade, diferentes ângulos de visão ou abordagem, heterogeneidade e variedade. Muitas vezes, pode ser encontrada na comunhão de contrários, na intersecção de diferenças ou ainda na tolerância mútua.
O evento estará ancorado em um pilar principal de Mostras e de Ações Educativas, de Conhecimento, Acadêmicas, Negócios e Ações de Eventos Integrantes. A programação – em suas diversas atividades e ações – espelha a transversalidade do design não só no setor produtivo, como na cultura e na sociedade como um todo.
Nesta edição, a proposta básica e lógica é a de adotar uma perspectiva que deixe clara, quanto à vertente estética do design, que ocorreu uma inversão fundamental. Máximas tidas como verdades – por exemplo “a forma segue a função” – caem por terra com a inversão de conceitos arraigados e muitas vezes não questionados. Hoje é o material utilizado e suas potencialidades que irão determinar a forma de um objeto, e não apenas o desejo de seu criador. Esse personagem, é claro, deverá obedecer a todos os novos parâmetros ambientais, mesmo que custe sacrificar seu projeto original.
Nesse novo mundo do Design, criador e criatura não mais sobrevivem sozinhos. Os muros de proteção foram derrubados. Todos precisam buscar conhecimento e aprimorar seus processos. Cumprindo um de seus propósitos que é a difusão do conhecimento e compartilhamento das melhores práticas, a IVBBD 2012 explorará as várias ferramentas de design nos seus aspectos tangíveis (tecnologia, processos, materiais) e intangíveis (cultural, social, emocional).
Os organizadores esperam receber, além de designers e profissionais de áreas afins, a comunidade em geral para que assim possa tomar conhecimento da importância do design. Toda a estrutura do evento está preparada para os diversos cidadãos (crianças, idosos, portadores de necessidades especiais), a partir da presença de monitores treinados.
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