COMO FAZER UMA FICHA TÉCNICA COMPLETA

COMO FAZER UMA FICHA TÉCNICA COMPLETA


Apesar das fichas técnicas não possuírem uma estrutura rígida e se adequarem aos interesses e as necessidades das empresas, mesmo assim, algumas informações são mais comuns e indicadas. Mas, apesar disso, você sabe como fazer uma ficha técnica completa?

Para exemplificar como fazer uma ficha técnica completa, segue abaixo um roteiro com os itens mais importantes e recomendados. Estes itens mostram alguns dados que podem ser seguidos para a construção de uma ficha técnica.

Cabeçalho: nome da empresa, coleção, código de referência, nome da peça, grade de tamanho (ex: P/M/G, 38/40/42, etc.), tamanho da peça-piloto e lacre. Quando a peça piloto é provada, recebe um lacre e esse número vai para a ficha.

Desenho técnico: apresenta a frente e as costas, mas dependendo do modelo é possível fazer a vista lateral e ampliar alguns detalhes, como bolsos, por exemplo. No desenho técnico é possível apresentar algumas medidas, no entanto, algumas fichas possuem uma tabela de medidas.

Descrição da peça: é a exposição do modelo com detalhes para formas de decote, cava, comprimento e acabamentos, fazendo uso dos termos mais técnicos. Essa descrição deve ser sucinta e precisa.

Materiais principais: são aqueles que usamos em maior quantidade, a matéria-prima principal da peça. Ao cadastrar a matéria-prima, deve-se colocar o nome do material, o código do fabricante, a composição, a largura, peso, especificações de lavagens, etc. Esses dados são importantes para facilitar os pedidos de compra e a confecção das etiquetas de composição posteriormente.
Materiais secundários: são os materiais utilizados para dar sustentação, acabamento e finalização nos modelos. Como forros, entretelas, viés, galão, linhas, botão, zíper, velcro, barbatana, rebites, ilhoses, etc. Assim como nos materiais principais, o cadastro detalhado dessas matérias primas é muito importante.

Etiquetas: são as necessárias para o modelo, além das regulamentadas como a de composição e lavagem. Como etiquetas de marca, etiquetas externas, tag, etc. Também é importante cadastrar os dados do fornecedor.

Embalagem: é a descrição dos materiais necessários para embalar e transportar o modelo. Por exemplo: na camisaria tradicional usa-se prendedores plásticos de manga, suporte de papelão para colarinho, papelão de dobra (determina o tamanho da dobra da peça), acetato interno de gola, papel de seda, saco plástico e caixa. Neste campo é importante cadastrar os dados dos fornecedores.

Serviços Terceirizados: refere-se aos beneficiamentos do modelo que não são feitos internamente. Por exemplo: estamparia, bordado, tinturaria, passadoria, etc.

Sequência operacional e de montagem: esta descrição da ficha técnica se refere a como serão montadas e em que máquinas serão costuradas as partes da modelagem. Há um padrão lógico de sequência operacional para cada modelo, mas pode sofrer pequenas alterações dependendo da facção, pois envolve maquinários e processos. Portanto, lista-se as etapas de operações e montagem com a piloteira, mas a sequência deve ser confirmada pelo setor de PCP (Planejamento de Controle de Produção).
Minutagem ou cronometragem: é o tempo que cada operação leva até que o modelo seja confeccionado. Este dado é importante para se calcular o custo final da peça. O setor de PCP também deve confirmar a cronometragem das operações. Alguns modelos sofrem alterações depois da cronometragem, pois no retorno do PCP a peça pode apresentar inviabilidade de produção.

Partes da Modelagem: é uma representação gráfica de todos os componentes que fazem parte da modelagem e que são necessários para a confecção do modelo. Nas empresas com o software Audaces Vestuário Encaixe (http://www.audaces.com/br/Desenvolvimento/Audaces-Vestuario/Audaces-Vestuario-Encaixe-Avancado), as partes são impressas em escala reduzida como representação do encaixe de uma peça. Esta folha é anexada à ficha técnica.

Variantes de cor: são as possíveis variações e combinações de cores para o modelo. Além da variação de cor da matéria prima principal, coloca-se aqui também as variações para estampas, bordados, etc. Deve-se seguir um código de cor de acordo com o fornecedor ou serviço terceirizado, para têxteis e estampas, é comum usar os códigos da escala Pantone.

Pronto, agora você já sabe como fazer uma ficha técnica completa.

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Por Samira Troncoso
Designer de Moda e Professora na Feevale/ Novo Hamburgo (RS)



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